terça-feira, 20 de outubro de 2009

Poema para uma noite de março

O amor que ficou em mim

Penumbra, fibra de ósculo

Nervura plúmea e vaga dos teus olhos

A matizar a dor da chuva sobre

A frei Serafim.


E a trafegar sobre a ponte

Faltam luzes em algumas casas

Lâmpadas distorcidas, cor de pérolas

Linhas irrefletidas como quimeras...


O amor que ficou em mim

Como baldes de diamantes, livros de ouro

De algum poeta-Deus

Resgatou

Em uma noite qualquer

A lembrança esguia do teu nome

E nada mais...


Nenhum comentário:

Postar um comentário