
Induz a erro os olhos pelas vias de vários enigmas.
Ovídio.
Espelhos,vidros, náusea.
Flutuam sobre a tumba náufraga
Dedos de mulher não nascida
E os sonhos dos sonhos em fogo fátuo
Traçam rotas sem leme, ogivas mergulhando no mar
E o sal inoculando vespas e aranhas...
E dos versos ressonantes que fluem façanhas,
Delírios, mãos decepadas pela lua cantante
bocas roxas de beijos engolem o instante:
E os sinos dos rios no ambiente sonâmbulo
Espalham signos de poros no sonho ermo
Eu acordado pelas luzes virtuais do meu sono.
E não sabendo que as vagas negras são de pesadelo
Os meus passos perambulam como frios pomos
Entre jardins vicerais, azuladas conspirações
Deslizam sobre flores de lótus e cinamomos...
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