terça-feira, 20 de outubro de 2009

A aparição mais terna que inventei


[quadro de Paul Gauguin]

A aparição mais terna que inventei
Foi uma trova antiga
Estes teus olhos de morna alquimia
Renasce em minha casa de Rei.

Fui para o brejo com tudo, com as canções,
Elegias, papyros e adornos de nácar e ouro:
E com todas as sensações que “poderiam ter sido”.

E enfadado de Rio, Rei e amorosa Lua
Matei meus súditos e minha lei
Para viver afastado da memória e das trovas
E da aparição mais terna que inventei.

2 comentários:

  1. Criamos reinos muitas vezes desedificados, e o vento ou o tempo levam tudo embora, quem dera pudéssemos sempre refaze-los, e vê-los sempre melhores.
    Tua poesia é linda, espero que não tenhas desistido de postai-las, sigo-te com prazer!

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  2. Ola obrigado a todos. Prazer, sou Thymochenko, autor destes versos. Fico muito emocionado, pois fazia um bom tempo que não entrava no meu próprio blog. rss.

    Sou do Piauí, amante de poesia e programação para computadores.

    A um bom tempo não escrevo nada, fui até uns encontros de poesia em Teresina, mas deixei de mão por ser bicho do mato mesmo intocado!(grandes amigos da Pinga!).

    Fico muito agradecido pelo comentário de todos - Janaina, Carol,Blog Piauí. Pensei que eu tivesse mesmo matado a minha alma de rei, e meus súditos, e o resquício de poesia impregnado meu olhar. Poesia de novo ainda presente no mundo. Arte esquecida e amada. Nem tão esquecida assim :)

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