Noite em tormenta
Noctívago a carregar entre os dedos
Areia de um túmulo de prazer e asfixia
Gritos e sussurros
O olhar de meu pai caindo
O ódio de minha mulher
O desespero de minha mãe
A vergonha de todos
E eu a fazer malabares com lâmpadas no sinal.
carros, arredores de amores e busca cíclica
aquele rosto branco
aquela tua boca pequena
Eu de duzentos anos te pedindo sal
Te amo
E digito seu nome no google há muitos anos.
Olhar para os olhos dela
Enche-me de sorriso e paz
Mas não há sequer um dia
Que eu sonhe em ir embora
Para ir beber cerveja na praia.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2014
segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
Dezembro
Estou do averso com
a solitude
intrigado com aquela
paixão recôndita
e perdi o apresso
como quem esquece a fala
sim, perdi! Ao acaso
proposital de encher-me com as besteiras.
Por que li alguns
poetas chatos!
Por que escutei
algumas músicas chatas!
Por que fiquei
ofendido com arte pretensiosa e burra.
Estou dando tchau
para toda a melancolia
por que a criação,
as palavras, todo o forró das coisas
cheiram-me a belas
pernas, seios de nuvem desconhecida
“O
saisons, ô châteaux!”
Sou todo para as
estações e pra frente como um dardo
Quero toda a
possibilidade de dar chutes e afagos
como quem esperou
uma chuva que nunca veio.
Oração I
Por que eu estava
morto
E não respirar e
sonhar do averso
sentir o húmus e as
raízes nos olhos
trouxe-me a exatidão
do sonho
vez ou outra sorria
no inóspito
alimentava larvas e
centelhas
na ilusão de eu
mesmo ser estrela
sendo o tolo do
sacrifício inglório.
E todo o adágio que
era esperar uma vela ou pranto
cansou-me gravar os
dias no teto da sepultura
roguei a luz na
escuridão e vi mil arcanjos.
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