sábado, 29 de junho de 2013

Tua foto.


Essa chatice, de coisa, de ver tua foto
ver a tua face, e acomodar todo esse martírio
esse vazamento de mim
Faz-me uma represa colossal de mensagens de solidão.

Vou mandar ir para o letes todas as sensações
E o resultado é um sorriso de ferro
E um sentimento de poça d´ água.

Bâbado em convenções, configurações, protestos e mordaça
Iteração boba da minha alma
que busca viver sonhos falsos.

Em um Estouro de pilha, lágrima e carapaça,
assim que te vejo, range a minha alma
e o peso, a surpresa, do teu nome no peito,
supracitado.

Não recordo, de nada recorro.



Medito
Meio dia
nestes cansaço e vontade de socar a porrada em tudo
Esse fechar de janelas, o desligar do sol,
Esse não sei aonde meus pés desejam ir.
Formiga-me em estalos como os ratos que brincavam no forro do meu quarto.
Não recordo se era real ou sonho.
Não recordo, de nada recorro...

Vivo me enchendo.


Rio grotesco de sol e urzes
a percorrer nos meus poros de deserto.
Vivo contaminando idéias de coisas
Vivo me enchendo de tal forma com as coisas
Que recados dados, pães adormecidos
e descargas envelhecidas
Me embalam num badalar soturno de música.