Estou do averso com
a solitude
intrigado com aquela
paixão recôndita
e perdi o apresso
como quem esquece a fala
sim, perdi! Ao acaso
proposital de encher-me com as besteiras.
Por que li alguns
poetas chatos!
Por que escutei
algumas músicas chatas!
Por que fiquei
ofendido com arte pretensiosa e burra.
Estou dando tchau
para toda a melancolia
por que a criação,
as palavras, todo o forró das coisas
cheiram-me a belas
pernas, seios de nuvem desconhecida
“O
saisons, ô châteaux!”
Sou todo para as
estações e pra frente como um dardo
Quero toda a
possibilidade de dar chutes e afagos
como quem esperou
uma chuva que nunca veio.
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