segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Dezembro

Estou do averso com a solitude
intrigado com aquela paixão recôndita
e perdi o apresso como quem esquece a fala
sim, perdi! Ao acaso proposital de encher-me com as besteiras.

Por que li alguns poetas chatos!
Por que escutei algumas músicas chatas!
Por que fiquei ofendido com arte pretensiosa e burra.

Estou dando tchau para toda a melancolia
por que a criação, as palavras, todo o forró das coisas
cheiram-me a belas pernas, seios de nuvem desconhecida
O saisons, ô châteaux!”
Sou todo para as estações e pra frente como um dardo
Quero toda a possibilidade de dar chutes e afagos
como quem esperou uma chuva que nunca veio.


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