Meu corpo liquefeito
mistura-se aparte de toda inquietude e
vão desvelo;
brisa, maré, morosos coqueiros do
maranhão...
A sensação de estar desperto de todo
sofrer
O desapego de todas as delusões
amargas do meu querer...
Meu corpo sem freios
Viga a sustentar todos os meus segredos
desnudos
Fico aqui sobre esta tarde, a cismar de
sonhos profundos
De encontrar a alegria em me misturar
no tempo como um espelho.
Vespas, pássaros, grama, gafanhotos e
nuvens...
Meu peso, meus olhos e minha saliva
Tudo em um todo, tudo fincado no ciclo
da vida
Estou completo das ausências de meus
desejos.
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