atado a garganta
esse estrangeiro inadequador
que é o teu eu referenciado em mim
é o xarope de cacos que tomo
todas as manhãs
ostento com tua voz
minha coroa de ressentimentos
minha casa caída e justificada
ostento essa barroada
que é meu eu embebido no teu
embora tudo
amo os grilhões dos teus cabelos
eu não saberia ao certo
se viveria
sem teu vírus
sem minhas correntes
e bolas de ferro
sobre o meu reflexo disforme
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