Navego em um barco
abarrotado de caixas e ecos
beijo serenamente a
lona e me afogo
acordando de um
pesadelo que tiveram por mim
sem fantasias, sem
glória, sem atingir uma centelha,
minha casa é esta
solitude
comendo os espelhos
que me olhei em momentos de fúria.
Mas hoje, as cinzas
amarrotadas daquele sonho
só me parecem
perdidas e despropositais.
Embora, chegue esta
hora, toda a música,
toda a cor deste
pêndulo que é viver
impulsionam-me na
direção deste desejo inominado
se é mera vontade,
se é impulso irrefletido não sei
continuarei
A velejar neste
barco abarrotado de queixumes e enfados.
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