sábado, 4 de outubro de 2014

Amor I


 
Ando tão esquecido em lidar contigo, coração
que escondo as chaves, minto descaradamente
escondo as fotos deste amor debaixo do tapete
e ando triste e feliz em lágrima e cartas noturnas.

Causa-me espanto, esta pétala de insegurança
adolescente de novo, nem isso, talvez uma criança
a brincar demais com um brinquedo inapropriado.

Mas nada é, nem importa, por que tudo é inferno
[Este inferno abissal que são minhas ideias rubras]
Em não admitir esta inabilidade amordaçada ao peito.

Dói, este desejo insistente e cortante
Por que amo este teu olhar e não saberia ao certo
O tamanho da morte de existir se te perdesse ou te ferisse.

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