segunda-feira, 29 de setembro de 2014

O triângulo da auto obsessão


Estrelas ainda
O presente que esta noite devolve é de medo
sou um universo cambaleante e só
onde tudo gira em torno do que suponho ser necessário
Obcecado
só esculto um eco a corroer meu peito pedindo
cada gota de sonho
cada amor da infância e beijo da adolescência
Sobre este pesadelo me encontro vazio
um espírito deformado da vontade
Um paraplégico do sentir.

Tanto ressentimento passa pela ponte deste inverso que é o passado
e deste instante, sobre a orbe de meu presente
raiva e impotência como um amargor na boca
Até quando me verei cada vez mais disperso no futuro?

Respiro, indago-me:
por que me afogaria no mar de imagens inexistentes do passado?
por que não lutaria contra meus próprios defeitos?
por que não acreditaria que logo mais tarde
virá o sol e o céu
e eu passaria por tudo, com ou sem um sorriso?






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