Estrelas ainda
O presente que esta
noite devolve é de medo
sou um universo
cambaleante e só
onde tudo gira em
torno do que suponho ser necessário
Obcecado
só esculto um eco a
corroer meu peito pedindo
cada gota de sonho
cada amor da
infância e beijo da adolescência
Sobre este pesadelo
me encontro vazio
um espírito
deformado da vontade
Um paraplégico do
sentir.
Tanto ressentimento
passa pela ponte deste inverso que é o passado
e deste instante,
sobre a orbe de meu presente
raiva e impotência
como um amargor na boca
Até quando me verei
cada vez mais disperso no futuro?
Respiro, indago-me:
por que me afogaria
no mar de imagens inexistentes do passado?
por que não lutaria
contra meus próprios defeitos?
por que não
acreditaria que logo mais tarde
virá o sol e o céu
e eu passaria por
tudo, com ou sem um sorriso?
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